Muitos girondinos que sobreviveram ao Terror, aliados aos deputados da planície, articularam um golpe. Em 27 de Julho (9 Termidor, de acordo com o calendário revolucionário francês) a Convenção, numa rápida manobra, derrubou Robespierre e seus partidários. Robespierre apelou para que as massas populares saíssem em sua defesa. Mas os que podiam mobilizá-las — como os raivosos — estavam mortos, e os sans-culottes não atenderam ao chamado. Robespierre e os dirigentes jacobinos foram guilhotinados sumariamente. A Comuna de Paris e o partido jacobino deixaram de existir. Era o golpe de 9 Termidor, que marcou a queda da pequena burguesia jacobina e a volta da grande burguesia girondina ao poder. O movimento popular entrou em franca decadência. Os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O governo não era respeitado pelas outras camadas sociais. Os burgueses mais lúcidos e influentes perceberam que com o Diretório não teriam condição de resistir aos inimigos externos e internos e manter o poder. Eles acreditavam na necessidade de uma ditadura militar, uma espada salvadora, para manter a ordem, a paz, o poder e os lucros. A figura que sobressai no fim do período é a de Napoleão Bonaparte. Ele era o general francês mais popular e famoso da época. Quando estourou a revolução, era apenas um simples tenente e, como os oficiais oriundos da nobreza abandonaram o exército revolucionário ou dele foram demitidos, fez uma carreira rápida. Aos 24 anos já era general de brigada. Após um breve período de entusiasmo pelos jacobinos, chegando até mesmo a ser amigo dos familiares de Robespierre, afastou-se deles quando estavam sendo depostos. Lutou na Revolução contra os países absolutistas que invadiram a França e foi responsável pelo sufocamento do golpe de 1795. Enviado ao Egito para tentar interferir nos negócios do império inglês, o exército de Napoleão foi cercado pela marinha britânica nesse país, então sobre tutela inglesa. Napoleão abandonou seus soldados e, com alguns generais fiéis, retornou à França, onde, com apoio de dois diretores e de toda a grande burguesia, suprimiu o Diretório e instaurou o Consulado, dando início a um novo período. Esse novo período fora batizado pelo próprio napoleão como Período Napoleônico.
sábado
Dá-se Inicio à Revolução
Preocupado com seu futuro político, o rei mobilizou tropas militares para reprimir as manifestações burguesas e populares. Mas foram organizadas milícias populares, financiadas pela burguesia, para enfrentar as tropas reais. No dia 14 de julho de 1789, a população parisiense tomou a Bastilha (prisão política, símbolo do autoritarismo e das arbitrariedades do rei). Depois disso, a agitação revolucionária espalhou-se por toda a França. O medo de que a revolução camponesa espalhe-se e atinja também as propriedades burguesas levou à extinção dos direitos feudais, em agosto de 1789.
Em agosto de 1789, a Assembléia Nacional proclamou a célebre Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Os principais pontos defendidos por esse documento eram: a dignidade da pessoa humana; a liberdade e a igualdade perante a lei; o direito à propriedade privada; a resistência à opressão política; e a liberdade de pensamento.
Em 1790, a Assembléia Constituinte confiscou várias propriedades da Igreja e subordinou o clero à autoridade do Estado (chamada de Constituição Civil do Clero). Os religiosos e a nobreza descontentes fugiram da França e, no exterior, organizaram exércitos para reagir à Revolução Francesa.
Os emigrados buscam apoio externo para restaurar o Estado absoluto. As vizinhas potências absolutistas apoiam esses movimentos, pois temem a irradiação das idéias revolucionárias francesas para seus países. Os emigrados e as monarquias absolutistas formaram uma aliança destinada a restaurar, na França, os poderes absolutos de Luís XVI. Alegando a necessidade de se restaurar a dignidade real da França, na Declaração de Pillnitz esses países ameaçaram a França de uma intervenção. Diante da aproximação dos exércitos coligados estrangeiros, formaram-se por toda a França batalhões de voluntários. Luís XVI (o Rei) e Maria Antonieta (a Rainha) foram presos, acusados de traição ao país por colaborarem com os invasores.
'Verdun', última defesa de Paris, foi sitiada pelos prussianos. O povo, chamado a defender a revolução, saiu às ruas e massacrou muitos partidários do Antigo Regime. Sob o comando de Danton, Robespierre e Marat, foram distribuídas armas ao povo e foi organizada a Comuna Insurrecional de Paris. As palavras de Danton ressoaram de forma marcante nos corações dos revolucionários. Disse ele: "Para vencer os inimigos, necessitamos de audácia, cada vez mais audácia, e então a França estará salva".
Os jornais populares utilizam-se de linguagem grosseira para caracterizar os aristocratas e inimigos da revolução. Ao mesmo tempo em que pedem que fossem punidos, pregam as virtudes revolucionárias, o patriotismo e a defesa intransigente da revolução. O mais importante desses jornais é O amigo do povo (L'Ami du Peuple), dirigido pelo jacobino Marat.
Em julho, Marat foi assassinado pela jovem Charlotte Corday, os ânimos se exaltaram. Considerado excessivamente moderado, Danton foi substituído por Robespierre e expulso do partido. O Comitê de Salvação Pública, liderado por Robespierre, assumiu plenos poderes. Tinha início o Grande Terror, Terror Jacobino ou, simplesmente, Terror. Milhares de pessoas — a ex-rainha Maria Antonieta, o químico Antoine Lavoisier (considerado o criador da Química moderna), aristocratas, clérigos, girondinos, especuladores, inimigos reais ou presumidos da revolução — foram detidas, julgadas sumariamente e guilhotinadas. Os direitos individuais foram suspensos e, diariamente, realizavam-se, sob aplausos populares, execuções públicas e em massa. O líder jacobino Robespierre, sancionando as execuções sumárias, anunciara que a França não necessitava de juízes, mas de mais guilhotinas. O resultado foi a condenação à morte de 35 mil a 40 mil pessoas.
Em agosto de 1789, a Assembléia Nacional proclamou a célebre Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Os principais pontos defendidos por esse documento eram: a dignidade da pessoa humana; a liberdade e a igualdade perante a lei; o direito à propriedade privada; a resistência à opressão política; e a liberdade de pensamento.
Em 1790, a Assembléia Constituinte confiscou várias propriedades da Igreja e subordinou o clero à autoridade do Estado (chamada de Constituição Civil do Clero). Os religiosos e a nobreza descontentes fugiram da França e, no exterior, organizaram exércitos para reagir à Revolução Francesa.
Os emigrados buscam apoio externo para restaurar o Estado absoluto. As vizinhas potências absolutistas apoiam esses movimentos, pois temem a irradiação das idéias revolucionárias francesas para seus países. Os emigrados e as monarquias absolutistas formaram uma aliança destinada a restaurar, na França, os poderes absolutos de Luís XVI. Alegando a necessidade de se restaurar a dignidade real da França, na Declaração de Pillnitz esses países ameaçaram a França de uma intervenção. Diante da aproximação dos exércitos coligados estrangeiros, formaram-se por toda a França batalhões de voluntários. Luís XVI (o Rei) e Maria Antonieta (a Rainha) foram presos, acusados de traição ao país por colaborarem com os invasores.
'Verdun', última defesa de Paris, foi sitiada pelos prussianos. O povo, chamado a defender a revolução, saiu às ruas e massacrou muitos partidários do Antigo Regime. Sob o comando de Danton, Robespierre e Marat, foram distribuídas armas ao povo e foi organizada a Comuna Insurrecional de Paris. As palavras de Danton ressoaram de forma marcante nos corações dos revolucionários. Disse ele: "Para vencer os inimigos, necessitamos de audácia, cada vez mais audácia, e então a França estará salva".
Os jornais populares utilizam-se de linguagem grosseira para caracterizar os aristocratas e inimigos da revolução. Ao mesmo tempo em que pedem que fossem punidos, pregam as virtudes revolucionárias, o patriotismo e a defesa intransigente da revolução. O mais importante desses jornais é O amigo do povo (L'Ami du Peuple), dirigido pelo jacobino Marat.
Em julho, Marat foi assassinado pela jovem Charlotte Corday, os ânimos se exaltaram. Considerado excessivamente moderado, Danton foi substituído por Robespierre e expulso do partido. O Comitê de Salvação Pública, liderado por Robespierre, assumiu plenos poderes. Tinha início o Grande Terror, Terror Jacobino ou, simplesmente, Terror. Milhares de pessoas — a ex-rainha Maria Antonieta, o químico Antoine Lavoisier (considerado o criador da Química moderna), aristocratas, clérigos, girondinos, especuladores, inimigos reais ou presumidos da revolução — foram detidas, julgadas sumariamente e guilhotinadas. Os direitos individuais foram suspensos e, diariamente, realizavam-se, sob aplausos populares, execuções públicas e em massa. O líder jacobino Robespierre, sancionando as execuções sumárias, anunciara que a França não necessitava de juízes, mas de mais guilhotinas. O resultado foi a condenação à morte de 35 mil a 40 mil pessoas.
Mudanças na Corte
Após o incidente na prisão da Bastilha, no último dia 14, o Rei fez alterações na corte. Foram expulsos vários os ministros das finanças francesas, tais como, Turgot, Necker e Calonne, que pretenderam forçar a nobreza e o clero a pagar impostos e foram forçado a se demitirem por pressão do Clero e dos Nobres feita ao Rei.
Necker foi readmitido como ministro das finanças e propôs, para resolver os problemas econômicos do Estado Francês, a convocação dos Estados Gerais (que consiste numa Assembléia Nacional, representando os três Estados), que não se reunem desde 1614, quando cada estado tinha 300 deputados e as decisões eram tomadas 'democraticamente'.
A burguesia fez duas grandes exigências na reunião dos Estados: primeiro, que o terceiro Estado tivesse um número de deputados igual ao dos dois outros Estados; segundo, que o voto, na Assembléia, fosse individual. A primeira exigência foi atendida, mas a segunda foi obstaculizada pelos outros dois Estados.
O rei anunciou que a finalidade daquele encontro político era resolver somente problemas financeiros, já determinando que o processo de votação dos projetos seria por Estado.
O Terceiro Estado, com apoio de membros do baixo clero e da nobreza de toga (nobreza que comprou o seu título), declarou-se Assembléia Nacional Constituinte. O rei reagiu, mandando fechar o Congresso Nacional e prender os deputados.
sexta-feira
A Bastilha Cai
A Bastilha (prisão política) caiu. Isso pode significar uma possivel revolução que estaria começando agora na França, porém essa tem previsão de ser facilmente batida pelo exército do rei. O movimento popular pode ter em Paris, apesar de sua insignificancia, grande significado para os líderes revolucionarios que visam a reforma geral no sistema social. A revolta iniciou-se pelo aumento do preço do pão, na ultima semana. Devido aos altos impostos e falta de recursos em retorno, o povo se revoltou e invandiu a prisão da bastilha no ultimo dia 14. A Bastilha era uma prisão construída em 1370 e tornou-se uma prisão para nobres ou letrados, adversários políticos, aqueles que se opunham ao governo ou mesmo à religião oficial. Mesmo abrigando 7 mil prisioneiros foi invdida pelo povo. Em resposta, o governo prometeu punir severamente todo aquele que se rebelar contra o rei ou a religião oficial da França. A partir desse momento a possível revolução conta com a presença das massas trabalhadoras, deixando de ser apenas um movimento onde deputados julgavam que poderiam eliminar o Sistema Absolutista apenas fazendo novas leis.
Versão audio
Confira a entrevista com um dos presentes durante a invasão :
quinta-feira
A França Hoje
A situação da França é de extrema injustiça social. Apenas do terceiro estado, formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial, são cobrados os impostos pagos somente com o objetivo de manter os luxos da nobreza. O rei governa com poderes absolutos, controla a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião de todos. Vive-se uma falta de democracia, pois os trabalhadores não podem votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas estão sendo presos na Bastilha (prisão política ) ou condenados à guilhotina. A sociedade francesa é estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, está o clero que também tem o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, está a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que vivem de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade, formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustenta toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior é a condição de vida dos desempregados, que aumentam em larga escala nas cidades francesas. A vida dos trabalhadores e camponeses é de extrema miséria, portanto, desejam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, deseja uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho. Alguns lideres radicais começam a planejar golpes contra o rei absolutista. Dentre esses líderes se destaca o jovem Robespierre, o qual tem grande apoio do terceiro estado.
Versão em Audio:
Assinar:
Postagens (Atom)