Em agosto de 1789, a Assembléia Nacional proclamou a célebre Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Os principais pontos defendidos por esse documento eram: a dignidade da pessoa humana; a liberdade e a igualdade perante a lei; o direito à propriedade privada; a resistência à opressão política; e a liberdade de pensamento.
Em 1790, a Assembléia Constituinte confiscou várias propriedades da Igreja e subordinou o clero à autoridade do Estado (chamada de Constituição Civil do Clero). Os religiosos e a nobreza descontentes fugiram da França e, no exterior, organizaram exércitos para reagir à Revolução Francesa.
Os emigrados buscam apoio externo para restaurar o Estado absoluto. As vizinhas potências a

'Verdun', última defesa de Paris, foi sitiada pelos prussianos. O povo, chamado a defender a revolução, saiu às ruas e massacrou muitos partidários do Antigo Regime. Sob o comando de Danton, Robespierre e Marat, foram distribuídas armas ao povo e foi organizada a Comuna Insurrecional de Paris. As palavras de Danton ressoaram de forma marcante nos corações dos revolucionários. Disse ele: "Para vencer os inimigos, necessitamos de audácia, cada vez mais audácia, e então a França estará salva".
Os jornais populares utilizam-se de linguagem grosseira para caracterizar os aristocratas e inimigos da revolução. Ao mesmo tempo em que pedem que fossem punidos, pregam as virtudes revolucionárias, o patriotismo e a defesa intransigente da revolução. O mais importante desses jornais é O amigo do povo (L'Ami du Peuple), dirigido pelo jacobino Marat.

Em julho, Marat foi assassinado pela jovem Charlotte Corday, os ânimos se exaltaram. Considerado excessivamente moderado, Danton foi substituído por Robespierre e expulso do partido. O Comitê de Salvação Pública, liderado por Robespierre, assumiu plenos poderes. Tinha início o Grande Terror, Terror Jacobino ou, simplesmente, Terror. Milhares de pessoas — a ex-rainha Maria Antonieta, o químico Antoine Lavoisier (considerado o criador da Química moderna), aristocratas, clérigos, girondinos, especuladores, inimigos reais ou presumidos da revolução — foram detidas, julgadas sumariamente e guilhotinadas. Os direitos individuais foram suspensos e, diariamente, realizavam-se, sob aplausos populares, execuções públicas e em massa. O líder jacobino Robespierre, sancionando as execuções sumárias, anunciara que a França não necessitava de juízes, mas de mais guilhotinas. O resultado foi a condenação à morte de 35 mil a 40 mil pessoas.
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